Gerontobeleza
quinta-feira, 16 de junho de 2016
quarta-feira, 4 de maio de 2016
sábado, 30 de abril de 2016
sexta-feira, 29 de abril de 2016
O cuidador familiar de idosos - Parte II
Ainda que a família de um idoso tenha conhecimento de um histórico familiar de quadros de demência, diabetes, problemas circulatórios e cognitivos, esta família segue o seu percurso de atividades, sem alguma expectativa de que suas rotinas serão algum dia afetadas pelo surgimento da necessidade de um cuidador. Ainda que a família disponha de recursos para investir no trabalho de um cuidador formal, ou seja, habilitado por uma entidade na área da saúde, esta torna-se sujeita a uma percepção deste novo momento, um desafio para todos. Quando porém, a realidade econômica e social não é favorável para se contratar os serviços de um cuidador formal, esta família precisará de muito tato, coerência e compreensão mútua para lidar com este novo momento.
Como já introdutoriamente falei sobre os que estatisticamente se tornam cuidadores familiares, isso não exclui que qualquer membro dessa família se torne um cuidador familiar, pois, conforme for o ritmo de vida dos membros dessa família, isso fará com que recaia sobre um dos membros, consideravelmente mais disponível ou conveniente para exercer esta função de cuidador. Ainda que o mais comum é que inicialmente o conjunge seja o provável cuidador, por conhecer melhor o seu par, é possível que um dos filhos, na maior parte dos casos, as filhas acabem por assumir este papel na família; isso também indica que, se este filho ou filha tinha planos de uma certa carreira profissional, um projeto pessoal independente, ter um relacionamento amoroso, casar-se, etc, em muitos casos tem seu projeto de vida interrompido ou impedido em razão deste fato novo: a presença de um pessoa idosa dependente na família.
Uma vez definido quem assume este responsabilidade, ainda que com pouco conhecimento de cuidado com idosos, isso traz para família uma primeira sensação de situação sob controle, entretanto, quem assume a responsabilidade a responsabilidade de cuidador enfrentará um condição de limitações e restrições na sua vida pessoal. E aí? Dentro de nosso contexto capitalista, consumista e compulsivo, como de fato poderemos nos certificar que esta família terá acesso ao melhor forma possível de adaptação a esta nova realidade? é certo acharmos que basta um membro da família para lidar com esta mudança de rumo que na verdade, não será apenas na pessoa idosa dependente mas também mudança brusca na vida deste cuidador? Vamos conversar sobre os nós cegos e a saídas viáveis para este momento na família o qual ninguém espera.
segunda-feira, 25 de abril de 2016
O cuidador familiar de idosos - Parte 1
Tudo está bem enquanto nosso idoso pode desfrutar de sua autonomia, tanto social quanto financeiramente, sempre disposto a receber seus filhos e netos em casa, pela simples alegria de ver sua posteridade com saúde e progressos nos estudos e no trabalho, até que, um acidente, ou mesmo uma anomalia no organismo ou ainda dificuldades cognitivas que vão acontecendo, tornando comuns alguns esquecimentos, a ponto de comprometer aquela autonomia de antes.
Sabemos que, por razões econômicas e sociais, um grande numero de famílias hoje busca na medida das possibilidades, investir num cuidador formal, aquela pessoa habilitada para cuidar de idosos devidamente credenciada. Quando os recursos não são suficientes para este fazer profissional, busca-se na família quem possa se dispor para acompanhar aquela pessoa idosa, agora dependente. A definição de quem será este cuidador familiar passa por uma decisão rápida em vista da urgência deste novo momento. A predominância de cuidadores é habitualmente, o cônjuge, seguido de uma filha e por seguinte um filho, fato comprovado nas atividades de pesquisa de Geriatria e Gerontologia Interdisciplinar, no Campus de Geriatria da UFF Niterói.
A presença de um idoso dependente na família muda consideravelmente a rotina desta família, até então focada em sua atividades enquanto indivíduos, em especial, os filhos em suas atividades estudantis ou de trabalho secular. Afetivamente, ocorre então um estado de tensão e perplexidade, conforme for a causa ou circunstancia dessa dependência da pessoa idosa. Não seria adequado comparar este "adoecimento familiar enquanto resultado" e o adoecimento familiar no caso de dependência química que acaba por acontecer com um dos pais ou um dos filhos; pois há uma contingência existencial no segundo caso e um adoecimento por fatores físicos e naturais no caso dos idosos. Por esta razão a esta família com pessoa idosa dependente necessita toda ela de uma atenção especial nesta primeira fase da atenção a este idoso. É preventivamente ideal que cada família possa perceber com antecedência aquela pessoa que já se encontra mais próxima deste adulto idoso autônomo, para que acompanhe e esteja atento às mudanças que normalmente acontecem com seu idoso, que já não tem a mesma mobilidade ou agilidade e que haja um sadio consenso entre os membros da família para que este apoio seja compartilhado e cotizado entre os que podem se dispor de forma coerente e equilibrada, serem presentes e compreensivos com esta nova fase da vida que, quanto ao caso exemplificado,sucede a um dos pais.
Você pode perguntar: Tudo bem mas, como se dá quando nosso idoso pai ou mãe se torna uma pessoa dependente, como faremos para que não falte apoio, segurança de cuidados? Este é o assunto que tratarei na semana que vem. Se houver dúvidas, podem ser colocadas nos comentáríos deste blog, no que serão respondidas oportuhnmente. Grande Abraço a todos!
Carlos Alberto Machado Gomes
Psicólogo Clínico
Especialista em Geriatria e Gerontologia Interdisciplinar pela
Universidade Federal Fluminense
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