sábado, 7 de dezembro de 2013

o que vem a ser Psicogerontologia?


•O conceito do envelhecimento bem- sucedido vem assumindo uma posição muito importante na literatura gerontológica, embora seu significado, bem como suas implicações teóricas e práticas, estejam longe de alcançar um práticas, estejam longe de alcançar um consenso entre os pesquisadores.
•Além das críticas à própria natureza do termo que o denomina, por sua associação à idéia de um sucesso econômico não acessível a todos, questiona-se o caráter prescritivo e, muitas vezes, restritivo que o conceito muitas vezes, restritivo que o conceito implica ao não incluir arranjos de envelhecimento bem-sucedido para idosos em situações de fragilidade (incluindo ainstitucionalização).
•teorias recentes sobre o envelhecimento bem-sucedido têm apontado para novas abordagens, que consideram tanto os ganhos quanto as perdas inerentes ao processo de envelhecimento.
•Dessa forma, tais teorias trazem novas possibilidades de conciliação para a aparente contradição entre o conceito do envelhecimento bem-sucedido e a institucionalização da velhice.
•Dessa forma, tais teorias trazem novas possibilidades de conciliação para a aparente contradição entre o conceito do envelhecimento bem-sucedido e a institucionalização da velhice.
•Envelhecimento bem-sucedido termo criado por R. J. Havighurst.
•Rowee Kahn pessoas que envelhecem de forma bem-sucedida são aquelas que apresentam um baixo risco de doença e incapacidades (que apresentam, por incapacidades (que apresentam, por exemplo, fatores de estilo de vida saudáveis, tais como dieta adequada, ausência do hábito de fumar e prática de atividades físicas);
•Rowee Kahn pessoas que estão utilizando ativamente habilidades de resolução de problemas, conceitualizaçãoe linguagem; pessoas que estão mantendo contatos sociais e estão participando em atividades estão participando em atividades produtivas (voluntariado; trabalho remunerado ou não remunerado).
•Embora o termo “envelhecimento bem- sucedido” tenha se tornado central na literatura gerontológicainternacional, ainda existe bastante polêmica em torno da sua utilização.
•De acordo com Neri o termo suscita a polêmica “quando se entende que em bem-sucedido existe uma conotação de bem-estar econômico associado a uma exacerbação do individualismo”.
•O uso moderno do termo “sucesso” refere-se a feitos favoráveis consequentes do comportamento e das ações do indivíduo e, frequentemente, é medido pelas realizações econômicas.
•Por causa desses usos materialistas do termo, sucesso é considerado por alguns uma escolha infeliz para descrever os resultados da velhice.
•Para Baltese Cartensen, entretanto, sucesso não está explicitamente limitado a resultados utilitários.
•Sucesso pode se referir à conquista de objetivos pessoais de todos os tipos, variando da manutenção do variando da manutenção do funcionamento físico e boa saúde à generatividade, integridade do ego, autoatualização e relacionamento social.
•Também Neri coloca que, embora a crítica chame a atenção para a necessidade de utilizar um nome menos discutível, a idéia básica do conceito é de velhice com manutenção dos níveis habituais de adaptação do indivíduo.habituais de adaptação do indivíduo.
•Não se pode negar nem minimizar a importância da pesquisa sobre os declínios relacionados ao avanço da idade.
•As dificuldades do envelhecimento são muito reais, envolvendo perdas nos muito reais, envolvendo perdas nos domínios físico, cognitivo e social.
•As dificuldades do envelhecimento, entretanto, não são o “único lado da moeda”.
•O outro lado envolve crescimento, vitalidade, esforço e contentamento.
•De acordo com Bearon, uma tendência que vem surgindo na gerontologia envolve o desenvolvimento de arranjos para o envelhecimento bem-sucedido para aquelas pessoas que experienciam privações significativas na idade privações significativas na idade avançada.
•Dentre os modelos de envelhecimento bem-sucedido que procuram incluir os potenciais e os limites, bem como as perdas e os ganhos inerentes à idade avançada, destaca-se o “modelo da otimização seletiva com compensação”. otimização seletiva com compensação”.
•Este modelo, que será apresentado na sequência, por sua flexibilidade e abrangência, pode ser de grande valor para a compreensão dos elementos e mecanismos que podem levar a uma velhice bem-sucedida mesmo no cenário velhice bem-sucedida mesmo no cenário das instituições de longa permanência.
•Segundo Baltese Cartensen, o modelo da otimização seletiva com compensação define “sucesso” como o encontro de objetivos e “envelhecimento bem- sucedido” como a minimização de perdas com a maximização de ganhos.com a maximização de ganhos.
•O modelo da otimização seletiva com compensação especifica três processos que atuam como facilitadores no controle das perdas ocorridas na velhice: seleção, otimizaçãoe compensação.
•Um exemplo da vida real que poderia ilustrar bem os três processos seria o de um corredor de maratona em idade avançada que pode manter a meta de vencer ao competir dentro de grupos de sua faixa etária e correndo percursos menores e mais fáceis (exemplos de seleção); trocando o tipo de calçado e seleção); trocando o tipo de calçado e aumentando o período de aquecimento
•(compensação) e usando dieta especial e vitaminas para melhorar o seu desempenho (otimização).
•A seleçãopode ser ativa ou passiva, interna ou externa, intencional ou automática. Refere-se às crescentes restrições nos domínios de vida como consequênciaou antecipação de mudanças nos recursos pessoais e mudanças nos recursos pessoais e ambientais. Na velhice, essas mudanças são frequentementeperdas.
•A seleção pode implicar evitar totalmente um domínio ou pode significar uma restrição em tarefas e objetivos dentro de um ou mais domínios.
•Um idoso cuja esposa esteja sofrendo de uma doença terminal, por exemplo, pode renunciar totalmente ao domínio da sexualidade, ou pode restringir alguns objetivos e envolvimentos na rede social, mas aumentar esforços no domínio das mas aumentar esforços no domínio das atividades de lazer e da família.
•A tarefa adaptativa do indivíduo é selecionar domínios de alta prioridade, tarefas e objetivos que envolvem a convergência entre as demandas ambientais, as motivações individuais, habilidades e capacidade biológica.habilidades e capacidade biológica.
•A seleção, porém, sempre envolve o reajuste dos objetivos individuais; pode ser proativa ou reativa; pode envolver mudanças ambientais
(mudando o local de moradia, por exemplo), mudanças comportamentais ativas (reduzindo o número de compromissos, por exemplo), ou ajustamento passivo (evitando subir escadas, ajustamento passivo (evitando subir escadas, por exemplo, ou permitindo que alguém assuma responsabilidades, por exemplo).
•Proativamente, pelo monitoramento do funcionamento corrente, as pessoas prevêem mudanças e perdas (por exemplo, a morte do cônjuge) e movem esforços para buscar tarefas e domínios que podem permanecer intactos depois que podem permanecer intactos depois das perdas.
•A seleção é reativa quando mudanças imprevistas ou repentinas forçam as pessoas a fazerem uma seleção.
•A compensação, o segundo componente, torna-se operativo quando existem mudanças associadas com a pessoa ou com o ambiente nos recursos meios-fins.
•Por exemplo, quando capacidades comportamentais ou habilidades são comportamentais ou habilidades são perdidas ou reduzidas abaixo do nível requerido para seu adequado funcionamento.
•A compensação pode também se tornar necessária em função de uma seleção.
•O organismo pode ter de compensar em domínios que não são selecionados como prioridades e que, portanto, recebem menos atenção e energia. Um exemplo é menos atenção e energia. Um exemplo é a delegação de atividades a outras pessoas.
•A compensação, que pode ser automática ou planejada, refere-se ao uso de meios alternativos para alcançar os mesmos objetivos .
•A compensação pode envolver comportamentos existentes, a aquisição comportamentos existentes, a aquisição de novas habilidades ou a construção de novos significados que ainda não estão no repertório de um indivíduo.
•A compensação difere, pois, da seleção pelo fato de o objetivo ser mantido, mas novos meios serem elencados para compensar uma deficiência comportamental para manter ou otimizar o funcionamento anterior. o funcionamento anterior.
•O elemento da compensação envolve tanto aspectos da mente como o uso de tecnologias.
•Os esforços compensatórios incluem , por exemplo, o uso de estratégias mnemônicas ou auxílios externos de memória quando os mecanismos internos de memória provam serem insuficientes. insuficientes.
•O uso de um aparelho auditivo é um exemplo de compensação por meio da tecnologia.
•A otimizaçãorefere-se ao enriquecimento ou aumento das reservas ou recursos e, então, ao alcance do funcionamento ou desempenho em domínios de vida selecionados.
•A otimização pode ocorrer em domínios existentes ou envolver investimento em novos domínios e objetivos consoantes com tarefas de desenvolvimento do processo de envelhecimento, tais como a aceitação de nossa própria mortalidade.aceitação de nossa própria mortalidade.
•A literatura recente em gerontologia sugere que muitos idosos, em princípio, têm os recursos e as reservas necessárias para otimizar funções, mas encontram ambientes restritivos ou superprotetores que inibem a otimização.que inibem a otimização.
•Não existe dúvida de que o processo de otimização será contingente em grande extensão para estimular e melhorar condições ambientais.
•Então, a sociedade desempenha um papel central em oferecer ambientes que papel central em oferecer ambientes que facilitem a otimização.
•Baltese Cartensenacreditam que, embora os três processos da otimização seletiva com compensação sejam ativados mais facilmente e mais prontamente quando existe um arranjo de recursos disponíveis com o qual podem contar, mesmo pessoas em condições de fragilidade podem selecionar, compensar e fragilidade podem selecionar, compensar e otimizar para atender seus objetivos.
•Embora hajam portarias normatizando o funcionamento de instituições de longa permanência no Brasil, infelizmente o que se observa ainda é um panorama predominantemente negativo, frequentementeassociado ao tão frequentementeassociado ao tão criticado modelo asilar de atendimento ao idoso.
•Como afirmam Born e Boechat “não se pode falar de idosos institucionalizados sem antes fazer referências a imagens negativas frequentementeassociadas a entidades que o abrigam, para as quais a que o abrigam, para as quais a denominação popular asilo continua a prevalecer”.
•Conforme Lafin, o primeiro tipo de instituição conhecido foi o asilo, que se preocupava com a alimentação e a habitação no atendimento aos idosos.
•Seus fundadores eram pessoas carismáticas, em sua maioria religiosas, que se alicerçavam na filosofia do fazer para os idosos, não com os idosos.
•Os recursos eram fornecidos pela comunidade, motivados por seus comunidade, motivados por seus organizadores, mas sem a participação da comunidade, que não conhecia a realidade dos internos.
•Em sua maioria advindas de famílias carentes, algumas pessoas asiladas eram abandonadas por seus familiares ou não tinham parentes, recursos ou qualquer apoio da sociedade.

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